domingo, 1 de junho de 2008

Em mãos.

Confesso ser uma grande admiradora do organismo humano, da sua complexidade e da sua fragilidade. Uma membrana, um citoplasma e um núcleo ou vetor gênico, um RNA ou uma mitocôndria defeituosa para toda a perfeita sincronia desabar.

Porém, mais do que o conjunto que forma um olhar, mais do que as fibras que esboçam um sorriso ou o formato do rosto e os músculos dos membros, as curvas das costas, o que muitas vezes prende a minha atenção são as mãos. Elas são as mentoras do homem, a ferramenta principal de qualquer artista e que realizam as vontades destes. O cego usa as mãos para tatear e decifrar o invisível, o surdo-mudo se comunica através delas.

Por meio das mãos podemos acariciar e machucar, defender-se ou chamar a atenção. Em muitos momentos as mãos são o complemento do conforto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Com as duas mãos e um simples gesto é possível lembrar da paz.
As mãos são grandiosa quando sabemos usa-las.

Renan disse...

Eita Camila, que tu fez eu me lembrar das aulas de biologia com essa postagem... Hiuaehueiheiau...

;**

cacos e coisas disse...

"A mão que afaga é a mesma que apedreja"

"Se a alguém causa inda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga..."
Augusto dos Anjos.

Bonito teu texto.