sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Medos.

Eu admito, eu confesso, eu tenho um sério problema com mudanças. Principalmente quando esta mudança ocorre na minha visão de mundo, onde eu tinha certeza que algo era assim e agora passa a ser assado. Vocês não têm noção como isso me assusta!

Vou deixá-los a par da situação, ok?! Eu era uma garota de 15 anos que sonhava com o príncipe encantado, mas enquanto o príncipe não chegava... divertia-me com os desencantados, até que no dia do meu aniversário comecei a namorar e pude perceber no decorrer do namoro como me apego rápido as pessoas com que relaciono. O namoro não deu certo e eu sofri horrores. Porém, estou tentando (e conseguindo) parar de me ver como metade da laranja abandonada e machucada para me achar como uma unidade.

Em outras palavras, um outro medo que eu tinha está começando se tornar algo até que aceitável: terminar meus dias sozinha. Porque o importante agora não é mais constituir uma família, isso foi substituído por uma conta bancária que se inicia com algum algarismo entre 1 a 9 e depois é seguido de zeros (deixa-se claro que quanto maior o algarismo ou/e o número de zeros mais bonita fica a conta.).

Ocorre que essa mudança de visão está simplesmente sozinha, ou seja, continuo me apegando rápido a qualquer cidadão que desperte meus instintos amorosos. Que paradoxo, hein?! E fico nessa... de tentar me adaptar a esta nova visão, saindo um pouco do romantismo do século XIX e indo para o individualismo do século XXI.

Esse nosso bendito século onde pessoas se separam mais do que se casam, onde os relacionamentos são tão rápidos quanto a velocidade do som ou até mesmo da luz, onde se gasta mais dinheiro com estética do que com remédios. Pois é, caros amigos eleitores, e eu estou tentando me adaptar a isto. Conformar em não ter um único homem para a vida toda, mas muitos durante toda a vida. Será que eu consigo? Como mudanças são difíceis e dão medo.